O presidente Michel Temer (PMDB), por ser idoso (76 anos) e não ter
intimidade com o mundo empresarial, foi enganado pelo dono do JBS, Joesley
Batista, homem de negócios “muito experimentado”, conhecido no mercado como
“muito esperto”, de 45 anos de idade e que, em sua carreira profissional,
sempre buscou atingir seus objetivos a “todo custo”.
Para autor de HC, Michel Temer foi enganado por homem de negócios “muito
experimentado”.
Essa é a síntese do Habeas Corpus do advogado Samuel José Orro Silva, de Taubaté (SP), protocolado no
Supremo Tribunal Federal, pedindo para arquivar o inquérito que teve abertura
autorizada pelo ministro Edson Fachin para
investigar o presidente.
Segundo a inicial do HC, Silva, que não tem representação nos autos do
inquérito ou defende o político oficialmente, diz ainda que a gravação feita
pelo empresário da conversa que teve com Temer, entregue depois para a
Procuradoria-Geral da República, não comprova a prática de crimes alegada por
Rodrigo Janot no pedido de abertura de inquérito enviado ao STF.
“Estamos falando do maior grupo privado do país, com a assessoria dos
melhores e irretocáveis estrategistas e juristas do planeta. Um enredo e
atuação da envergadura apresentadas que culminou no inquérito contra o paciente
não seria algo fora de seu cotidiano. E aqui não se quer dizer que atuam
ilicitamente cotidianamente, mas sim que são exímios estrategistas”, diz o
advogado. O HC é relatado pelo ministro Luís Roberto Barroso.
Temer é acusado pela PGR de incentivar o pagamento de R$ 500 mil ao
ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que não fizesse acordo de
delação premiada. O órgão investigará crime de corrupção passiva e obstrução a
investigações por parte de Temer.
A gravação da conversa foi entregue à PGR pelo empresário antes de ele
fechar delação premiada com o Ministério Público. As gravações, segundo a PGR,
aconteceram no dia 7 de março. Depois, portanto, que Temer assumiu o mandato de
presidente como titular, após o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Fachin, relator da “lava jato” no STF, por entender que os crimes
supostamente cometidos pelo presidente ocorreram durante o
exercício da função, deferiu o pedido feito por Janot.
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