O Ministério da Educação publicou quatro portarias no Diário
Oficial da União autorizando a abertura de mais 19 cursos de Direito.
Ao todo, serão 2.880 novas vagas nas cinco regiões do país.
Em artigo publicado na ConJur no
dia 11 de agosto, data em que se comemora o Dia do Advogado, o presidente do
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, afirmou
que a ampliação da oferta de cursos não atende a uma demanda social, pois
deriva de interesses meramente econômicos.
“O crescimento das autorizações para abertura de novos cursos de Direito
Brasil afora é uma ameaça ao futuro do país. O ritmo é frenético, como
demonstram os dados diariamente publicados. Somente em 2018, o Ministério da
Educação deu luz verde para 131 novos cursos de Direito, o que abriu novas
18.050 vagas”, disse.
Desentendimento acirrado
O desentendimento entre a OAB e o MEC começou em abril do ano passado, quando o
ministério ignorou a Ordem e, com uma discreta publicação no Diário
Oficial da União, homologou parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE)
que aprovou o início das aulas do curso de tecnólogo em Serviços Jurídicos em
uma faculdade do Paraná. O despacho do ministro Mendonça Filho não
apresentava justificativa nem sequer citava o nome do curso.
Na ocasião, conforme revelou reportagem da ConJur,
a Câmara de Educação Superior, que integra o CNE, aprovou pedido feito
pela Faculdade de Paraíso do Norte para abrir cem vagas anualmente. O início
das aulas havia sido negado em 2016,
mas a instituição de ensino recorreu e ganhou.
Também no ano passado, o Conselho Nacional de Educação mudou dispositivo
sobre as diretrizes curriculares dos cursos de Direito para definir que cabe a
cada instituição de ensino, e não à OAB, regulamentar e aprovar regras sobre o
funcionamento de núcleos de prática jurídica para estagiários.
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