Especialistas da Associação Brasileira dos Mutuários da
Habitação dá dicas para se fazer um planejamento financeiro que não exceda a
renda familiar.
Mais do que nunca, o momento atual exige disciplina
financeira para colocar as contas em dia. Para quem planeja comprar um imóvel,
a tarefa exige esforço redobrado. Para se alcançar o objetivo, a dica é
envolver toda a família no planejamento. É preciso verificar se o preço do
imóvel e das prestações estão dentro das reais possibilidades da família.
Como a maioria dos brasileiros acaba optando pelo financiamento, o
vice-presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH),
Wilson Cesar Rascovit, ressalta a importância de que todos os membros da
família estejam cientes de que por 20, 30 anos, terão uma prestação todo mês.
“É preciso ter a certeza de que a prestação caberá no orçamento financeiro.
Afinal, a pessoa estará contraindo uma dívida de valor elevado, que deverá ser
honrada mensalmente”, destaca.
Para quem não tem de arcar com aluguel, como jovens que ainda moram com os
pais, uma ótima alternativa é aplicar o valor da prestação do financiamento em
qualquer tipo de investimento conservador. “Assim, em sete ou oito anos, poderá
comprar a casa à vista e não pagar juros. É preciso entender que o dinheiro
aplicado rende juros, enquanto que no financiamento se paga juros”, aponta
Delfino.
De qualquer forma, tudo deverá ser colocado na ponta do lápis para não
desequilibrar o orçamento, até para que não se perca o foco no objetivo maior,
que é a aquisição do imóvel. Por isso, os especialistas sempre orientam um
planejamento financeiro. “Isto porque, se o imóvel estiver pronto, é necessário
uma parcela razoável de entrada. Adquirindo na planta, além de suas atuais
despesas de moradia (como aluguel), inclui-se os pagamentos para a
construtora.”
Por isso, o mais indicado é que esse planejamento comece com uma poupança, para
dar uma boa entrada. “Além disso, nunca comprometer em prestação mais do que
20% da renda bruta familiar são as principais dicas nesse caso. Na hora da
compra, é importante ler com atenção o contrato que está sendo assinado”,
ressalta Delfino.
Paralelamente, é necessário saber qual modalidade de aquisição será escolhida.
A melhor delas, obviamente, é a compra à vista, segundo o vice-presidente da
ABMH. “Para realizar tal hipótese, a pessoa deve procurar fazer uma poupança
durante alguns anos e, então, usá-la para a compra do imóvel. A complementação
da poupança pode ser obtida com o saque de eventual conta do FGTS.”
Se a opção escolhida for a aquisição de imóvel na planta, por intermédio de
construtoras, é firmado um contrato de promessa de compra e venda, no qual o
preço do imóvel é dividido em parcelas durante a construção até a entrega do
habite-se, como explica. “Normalmente, em prazos de até 36 meses ou à vista.”
Há, ainda, o sistema de condomínio, no qual um grupo, por exemplo, de
funcionários públicos, se reúne para comprar um terreno e contratar uma
construtora para erguer um prédio, como conta Wilson Rascovit. “A obra, neste
caso, vai ser tocada conforme as disponibilidades de caixa do condomínio,
podendo ser paralisada caso haja algum revés econômico.”
Na modalidade de consórcio habitacional, outra opção, as pessoas pagam parcelas
mensais por um prazo pré-determinado. “E são contemplados (por lance e/ou
sorteio), mensalmente, para receber um valor pré-determinado, por meio de uma
carta de crédito, que seja suficiente para a compra.
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